Operação militar especial russa

Ucrânia rejeita pedido russo de trégua para Natal; Biden diz que Putin está 'buscando oxigênio'

Autoridades de Kiev descartam chance de trégua com o secretário do Conselho de Segurança e Defesa afirmando que o Exército ucraniano vai "morder" os russos "no silêncio da noite cantante ucraniana".
Sputnik
A Ucrânia rejeitou o anúncio do presidente russo Vladimir Putin nesta quinta-feira (5) de um cessar-fogo de 36 horas para marcar o Natal ortodoxo, dizendo que não haverá trégua até que a Rússia retire suas forças do território ucraniano.
O conselheiro presidencial ucraniano, Mikhail Podolyak, disse que a Rússia "deve deixar os territórios ocupados – só então terá uma 'trégua temporária'. Guarde a hipocrisia para si mesmo", twittou Podolyak.
Ele já havia rejeitado o pedido de trégua de Kirill a caracterizando como "uma armadilha cínica e um elemento de propaganda", e descreveu a Igreja Ortodoxa Russa, como um "propagandista de guerra".
Já o secretário do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Aleksei Danylov, disse: " [...] Um cessar-fogo? Mentiras e hipocrisia. Vamos mordê-los no silêncio cantante da noite ucraniana."

Na medida anunciada hoje (5), o Kremlin afirmou que "tendo em conta o apelo de Sua Santidade, o patriarca [cristão ortodoxo russo] Kirill, instruo o ministro da Defesa da Federação da Rússia a introduzir um cessar-fogo ao longo de toda a linha de contato na Ucrânia a partir do meio-dia de 6 de janeiro até as 24h00 do dia 7 de janeiro".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também comentou sobre o pedido de trégua sugerindo que o líder russo "está tentando encontrar um pouco de oxigênio".

"Estou relutante em responder a qualquer coisa que Putin diga. Achei interessante que ele estivesse disposto a bombardear hospitais, creches e igrejas [...] no dia 25 e no Ano Novo. Quero dizer, acho que ele está tentando encontrar um pouco de oxigênio", afirmou o mandatário norte-americano citado pela Reuters.

O Natal ortodoxo é celebrado todos os anos na véspera de 7 de janeiro, diferente do Natal católico, que acontece na véspera de 25 de dezembro, devido à diferença de calendário entre as duas denominações cristãs.
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