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Petrobras não vai intervir no preço dos combustíveis, diz futuro presidente da estatal brasileira

A estatal brasileira Petrobras não vai intervir nos preços dos combustíveis, disse nesta quarta-feira (4) o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo governo para ser o futuro presidente da empresa.
Sputnik

"A Petrobras não faz intervenção em preços, ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. É um contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras", disse ele.

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O futuro dirigente da petrolífera afirmou que "nunca ninguém falou em intervenção" nos preços, que, segundo ele, estarão ligados "de alguma forma" ao mercado internacional.

Após essas declarações, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou altas, pois os investidores temiam uma política mais intervencionista do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De qualquer forma, Lula defendeu durante a campanha eleitoral a modificação da atual política de preços praticada pela Petrobras, que consiste em vender gasolina e diesel pelo mesmo preço a que são vendidos no resto do mundo.
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O chamado Preço de Paridade Internacional (PPI) foi implementado na gestão do ex-presidente Michel Temer e mantido pelo seu sucessor, o também ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Prates destacou na quarta-feira (4) que a questão da nova política de preços está em aberto e que será discutida com diversos atores, mas que os combustíveis terão o preço do mercado brasileiro.
"Todo preço vai ser vinculado internacionalmente de alguma forma. Há diferença entre PPI, paridade de importação, e paridade internacional. Uma coisa é você ter o internacional como referência, outra coisa é você se guiar por um preço de uma refinaria estrangeira, mais o frete até chegar aqui. Paridade de importação é o que para nós não faz muito sentido em alguns casos", afirmou.
A empresa, que pertence ao Estado brasileiro, mantém um modelo misto, com acionistas que recebem lucros e dividendos proporcionais à quantidade de papéis que possuem.
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