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Mais 10 ministros assumem cargos no governo Lula; veja a lista

Na terça-feira (3), dez novos ministros assumiram seus cargos no governo do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre eles o ministro da Previdência, Carlos Lupi, o ministro das Cidades, Jader Filho, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Vinícius Marques.
Sputnik
A maioria dos 37 ministros do novo governo Lula já tomou posse na segunda-feira (2). Entre os já empossados estão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Justiça, Flávio Dino, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro da Defesa, José Múcio.
Na terça-feira (3), mais dez ministros participaram de cerimônias de posse e discursaram apontando possíveis direções para suas gestões. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, teve uma das falas com maior repercussão ao longo do dia ao criticar a reforma da Previdência, aprovada em 2019, e afirmar que pretende discutir a medida.
"Quero formar comissão quadripartite [...] com uma representação dos sindicatos patronais, com sindicatos dos empregados, com sindicatos dos aposentados e com governo, nós precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da previdência, discutir com números e com profundidade", disse, que também prometeu zerar a fila do INSS até o final do ano.
Previdência: agência do INSS na região central de São Paulo
O ministro das Cidades, Jader Filho, também criticou o programa de moradia da gestão anterior Casa Verde e Amarela. Segundo ele, o programa gerou um efeito "desastroso" para famílias carentes. Filho afirmou que é "urgente" retomar o Minha Casa Minha Vida, programa petista encerrado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Precisamos retomar obras paralisadas. A minha marca será a das reconquistas na área social e nela tem destaque mais que especial o Minha Casa Minha Vida", disse Filho.
Unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio (imagem referencial)
Em seu discurso, o ministro Silvio Almeida disse que encontrou o Ministério dos Direitos Humanos "arrasado" e com o "orçamento drasticamente reduzido". "Todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto por mim e pelo presidente Lula", afirmou. Em outro trecho, o ministro se dirigiu a diversas minorias, como negros e mulheres, afirmando que elas "existem e são valiosas". Almeida também prometeu atenção aos defensores ambientalistas que, em suas palavras, "são os que mais morrem nas mãos de criminosos".

"Direitos humanos não é pauta moral, é pauta política, não é um emblema, é a oportunidade do Estado cumprir o que está na Constituição", afirmou Almeida.

Já o novo ministro da CGU, afirmou que houve uso "indevido" e "indiscriminado" de decretos de sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro e que a "transparência será a regra" ao longo do governo Lula. "Não há democracia e soberania sem um Estado transparente, aberto ao diálogo, ao controle e à participação social. A transparência é regra, e o sigilo é sempre a exceção", afirmou.
Veja abaixo a lista completa dos ministros empossados nesta terça-feira (3):
Silvio Almeida — Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania;
Carlos Lupi – Ministério da Previdência;
Jader Filho – Ministério das Cidades;
Paulo Pimenta – Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom);
Cida Gonçalves - Ministério das Mulheres;
Renan Filho – Ministério dos Transportes;
Luiz Marinho - Ministério do Trabalho e do Emprego;
Vinícius Marques – Controladoria Geral da União (CGU);
Paulo Teixeira – Ministério do Desenvolvimento Agrário;
André de Paula – Ministério da Pesca e Aquicultura.
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