Ciência e sociedade

Sarcófago saqueado de 2.500 anos é devolvido ao Egito pelos EUA (FOTO)

Um antigo sarcófago de madeira que estava no Museu de Ciências Naturais de Houston, nos EUA, foi devolvido ao Egito nesta segunda-feira (2).
Sputnik
As autoridades egípcias disseram que o objeto arqueológico foi saqueado anos atrás e que esta repatriação "faz parte dos esforços do Cairo para impedir o tráfico de suas antiguidades roubadas".
Apenas no ano de 2021, as autoridades do Egito conseguiram devolver ao país cerca de 5.300 artefatos roubados que estavam em museus por todo o mundo.
Mostafa Waziri, funcionário do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, disse que o sarcófago remonta ao período dinástico tardio do Antigo Egito, uma era que abrangeu o último dos governantes faraônicos, em 664 a.C, até a campanha de Alexandre, o Grande, em 332 a.C.
[Sameh] Choucri [ministro das Relações Exteriores do Egito, na primeira foto, à esquerda]: grande interesse em recuperar antiguidades contrabandeadas
O sarcófago, de quase 3 metros de altura, com uma superfície superior pintada com cores vivas, pode ter pertencido a um antigo sacerdote chamado Ankhenmaat, embora não seja possível determinar com precisão, dada a destruição do artefato ao longo dos anos.
O objeto arqueológico foi contrabandeado pela Alemanha para os Estados Unidos em 2008, de acordo com a Justiça norte-americana.

"Este caixão deslumbrante foi traficado por uma rede bem organizada, que saqueou inúmeras antiguidades da região", disse Alvin Bragg, procurador dos Estados Unidos no distrito de Manhattan, em Nova York, há três meses, quando seu escritório concluiu que a peça fora desviada do norte do Cairo. "Estamos satisfeitos que este objeto seja devolvido ao Egito, lugar ao qual ele pertence por direito", concluiu.

Bragg disse que a mesma rede havia contrabandeado um caixão dourado para fora do Egito, que estava exposto no Museu Metropolitano de Arte, o Met.
O museu comprou a peça de um negociante de arte de Paris em 2017 por cerca de US$ 4 milhões (R$ 21,4 milhões). Ele foi devolvido ao Egito em 2019.
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