Panorama internacional

Conflitos reduzem capacidade bélica e 'dificultam vida' da OTAN

Embora a OTAN afirme estar preparada para entrar em qualquer conflito armado a qualquer momento, na realidade a aliança ocidental enfrenta alguns obstáculos que comprometem sua capacidade.
Sputnik
Sua unidade de resposta rápida não é de ponta, tanto que em 2023, a Alemanha será encarregada de liderar esta área, conhecida como Força Conjunta de Muito Alta Disponibilidade (VJTF, na sigla em inglês).
Por sua vez, os alemães já reconheceram que seus novos veículos de infantaria possuem uma série de problemas e não estão prontos para o combate, e por isso, enviará equipamentos dos anos 50 à OTAN.
Operação militar especial russa
Lavrov diz que EUA e OTAN querem destruição da Rússia e expõe ameaça ocidental de guerra nuclear
O VJTF é uma unidade multinacional de até cinco batalhões que deve ser capaz de entrar em prontidão em poucos dias, neste caso, a OTAN já estaria com sérios problemas caso decida se envolver no conflito na Ucrânia, já que nos combates terrestres contaria com tanques dos anos 50.
"Hoje, a OTAN tem uma capacidade bélica e armamentista muito menor que antes. Também tem menor legitimidade social e política. Seu discurso de duas caras é um discurso que deve promover para manter a própria existência da aliança", afirmou à Sputnik, Irwing Rico, especialista político da Universidade Nacional Autônoma do México, e especialista em segurança e militarização no sistema global.
Um relatório do jornal norte-americano The New York Times revela que 20 dos 30 países-membros da OTAN já esgotaram seu potencial para enviar suas reservas de armas à Ucrânia, deixando seus arsenais escassos.

"Outro problema enfrentado pela aliança é que já foram esgotados 90% dos € 3,1 bilhões do Fundo Europeu para a Paz criado pela União Europeia para compensar o gasto dos países-membros em apoio à Ucrânia", destacou o jornal.

Apesar da situação difícil, a OTAN segue insistindo em se manter como uma instituição vigente e buscando uma missão de desintegração da União Soviética em 1991, ressaltou o vice-presidente executivo do Centro da Eurásia, Earl Rasmussen.
Comentar