Panorama internacional

Rússia vai redirecionar produção e fornecimento de gás do Ocidente, diz vice-primeiro-ministro russo

Moscou vai se concentrar nos mercados asiáticos, apesar dos pedidos da União Europeia (UE) para aumentar a oferta, diz o vice-primeiro-ministro, Aleksandr Novak.
Sputnik
O gás russo ainda está em alta demanda na UE, apesar das últimas sanções do bloco às exportações de energia do país, mas Moscou pretende desviar os fluxos comerciais para outros lugares, disse o vice-primeiro-ministro Novak na sexta-feira (23).
Em entrevista ao canal Russia24, ele observou que os "colegas europeus estão constantemente nos pedindo para aumentar os suprimentos" por meio da infraestrutura existente, como os gasodutos TurkStream (Corrente Turca) ou Blue Stream (Corrente Azul) e o sistema de transporte de gás ucraniano, acrescentando que o mercado europeu continua relevante para a Rússia.
Mas, dado o atual "clima político" na UE para reduzir sua dependência do gás russo, Moscou está olhando para outros mercados para redirecionar os suprimentos, observou o vice-primeiro-ministro.
"Porque o nosso gás tem procura, é barato, temos grandes reservas e vamos desenvolver essas áreas", acrescentou.
A Rússia vai diversificar os fluxos comerciais aumentando o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) e as entregas de gás canalizado para a China, tornando a Ásia um de seus principais destinos, disse Novak, acrescentando que o país aumentou a produção de GNL mais de três vezes.
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"Se antes eram produzidas apenas 11 milhões de toneladas [de GNL] na Rússia, hoje já existem quatro fábricas funcionando, com uma capacidade total de 36 milhões de toneladas", frisou o ministro.
Nos próximos três ou quatro anos, a Rússia deve aumentar a produção de GNL para 60 milhões de toneladas e, em seguida, elevar o número para 100 milhões de toneladas anualmente, projetou Novak.
Ele também lembrou que, juntamente com o aumento do fornecimento através do gasoduto Power of Siberia (Força da Sibéria), a Rússia e a China têm um acordo para construir infraestrutura de gás com capacidade para fornecer dez bilhões de metros cúbicos adicionais anualmente.
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