Operação militar especial russa

'Em busca de esmolas: dinheiro e armas', diz diplomata russo sobre ida 'teatral' de Zelensky aos EUA

O embaixador da Rússia nos EUA, Anatoly Antonov, afirmou nesta sexta-feira (23) que, diante da visita do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, aos EUA, "ninguém mais esconde os verdadeiros objetivos da política da Casa Branca" em relação a Moscou.
Sputnik
Em entrevista publicada nesta sexta-feira (23), ele apontou que a visita de Zelensky a Washington teve como objetivo pedir mais ajuda militar e econômica ao país norte-americano.

"Todos nós testemunhamos um espetáculo teatral", disse Antonov à mídia russa, acrescentando que Zelensky veio aos Estados Unidos "em busca de esmolas: dinheiro e armas. Ele falou de lealdade aos ideais democráticos e da vontade de subordinar os interesses de seu país aos de Washington".

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as autoridades norte-americanas "deram as suas 'esmolas' e prometeram continuar a ajudar na luta contra o seu habitual adversário, a Rússia", sublinhou o diplomata.
Da mesma forma, o chefe da delegação diplomática declarou que "ninguém mais esconde os verdadeiros objetivos da política da Casa Branca" em relação a Moscou e denunciou que Washington está realizando "uma guerra por procuração" em território ucraniano.

"Hoje tudo foi jogado na fornalha do ódio contra nós: dinheiro, armas, ajuda de inteligência, o uso de satélites militares dos EUA para combater as Forças Armadas russas", denunciou. Assim, a visita de Zelensky a Washington mostrou que tanto os Estados Unidos quanto a Ucrânia "não estão prontos para a paz", como já havia observado na data da passagem do líder do regime ucraniano pela América do Norte. "O slogan é claro e direto: uma situação em que a Rússia vença na operação militar especial não pode ser permitida."

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Rússia 'não tem para onde recuar'

Nessa situação, a Rússia "não tem para onde recuar", disse Antonov.

"Devemos apenas seguir em frente. Se hoje permitirmos que as raízes do nazismo persistam em solo ucraniano, [...] seremos forçados a lutar contra a vida e a morte para livrar não apenas a Ucrânia, mas o mundo inteiro dessa sujeira", enfatizou.

Além disso, o embaixador lembrou que Moscou teve inúmeras discussões com altos funcionários dos EUA sobre "o perigo de o governo [americano] ser arrastado para o conflito ucraniano" e "a seriedade de encorajar combatentes" das forças de Kiev.
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No entanto Washington continua a "testar" Moscou, enfatizou Antonov, mencionando o novo pacote de ajuda militar para Kiev, que inclui as primeiras entregas de sistemas de defesa aérea Patriot. A esse respeito, sublinhou que na Ucrânia não existem especialistas capazes de manusear tais equipamentos e que é possível que sejam geridos por soldados norte-americanos.

"Isso não é prova do envolvimento direto do governo [dos Estados Unidos] no atual conflito?", perguntou.

O chefe da delegação diplomática alertou que "o risco de confronto entre as duas grandes potências é elevado".

"Continuaremos a garantir que as preocupações da Rússia sobre a segurança de nosso país não sejam ignoradas, mas ouvidas com a perspectiva de trabalharmos juntos para resolvê-las", concluiu.

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