Operação militar especial russa

Putin: Rússia fará tudo para que o conflito na Ucrânia termine, quanto mais rápido, melhor

Na opinião do presidente russo, Kiev só beneficiará com a realização de negociações para terminar o conflito.
Sputnik
Todos os conflitos armados terminam em negociações, e quanto mais cedo Kiev entender isso, melhor, disse na quinta-feira (22) Vladimir Putin, presidente da Rússia.
"Todos os conflitos armados terminam de uma forma ou de outra com negociações por via diplomática, e nós nunca desistimos" delas, apontou Putin em uma coletiva de imprensa.
"Quanto mais cedo esta compreensão chegar àqueles que se opõem a nós, melhor", sublinhou.
Sobre a duração da operação especial, Putin comentou que "a intensificação das hostilidades leva a perdas injustificadas, a galinha come cada grãozinho".
Ele referiu que a entrega de uma bateria do sistema antiaéreo americano Patriot, parte de uma nova rodada de auxílio militar a Kiev, avaliada em US$ 1,85 bilhão (R$ 9,6 bilhões), também será visada por Moscou.
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"Agora eles dizem que podem colocar Patriot lá. Muito bem, deixem-os colocá-lo lá, nós também vamos destruir o Patriot."
O presidente russo também comparou os complexos militar-industriais da Rússia e da Ucrânia.
"Não vou dar números agora sobre quantos, por exemplo, projéteis gastamos por dia, são grandes números. Mas a diferença entre nós, digamos, e aqueles que se opõem a nós é que, digamos, o complexo militar-industrial ucraniano, se não foi completamente anulado, está rapidamente se aproximando disso. Em breve deixará de ter base própria", qualificou o mandatário.
Vladimir Putin acrescentou que essa base da Rússia está "apenas crescendo", sem ser em detrimento de outros setores da economia. Ao mesmo tempo, e ao contrário da Ucrânia, a Rússia tem desenvolvido sua indústria de defesa, ciência e tecnologia militares nas últimas décadas, assegurou ele.
O presidente da Rússia destacou as "raízes" comuns entre os russos e ucranianos, como forma de superar os elementos que os dividem.
"Nós partimos de que princípio no passado? Partimos do princípio de que a União Soviética podia ter deixado de existir, mas como disse ontem [21] na reunião da diretoria do Ministério da Defesa [...] As nossas raízes históricas comuns são raízes da comunidade cultural e espiritual, elas serão mais fortes do que o que nos está separando, e essas tendências sempre existiram. O que une é mais forte", resumiu.
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