Panorama internacional

Gabriel Boric anuncia abertura de embaixada do Chile na Palestina

Em 2011, o Chile reconheceu a Palestina como Estado e posteriormente apoiou sua entrada na UNESCO. Hoje, o governo chileno tem um escritório em Ramallah e a Palestina uma embaixada em Santiago.
Sputnik
Na noite de quarta-feira (21), o presidente do Chile, Gabriel Boric, informou que seu país abrirá uma embaixada na Palestina, segundo a Carta Capital.
"Uma das decisões que temos como governo, acho que não tínhamos tornado público, estou me arriscando com isso, é que vamos elevar o caráter de nossa representação oficial na Palestina. Vamos abrir uma embaixada para o nosso governo", afirmou Boric, citado pela mídia.
Chile e Palestina estabeleceram uma estreita relação desde a migração de palestinos que começou no século XX e que atualmente ultrapassa 300.000 pessoas, tornando-se a maior colônia árabe fora do Oriente Médio e também convivendo com uma influente comunidade judaica composta por cerca de 30.000 membros, informa a revista.
O governo chileno conta com um Escritório de Representação perante a Autoridade Nacional Palestina na cidade de Ramallah, inaugurado em abril de 1998. Enquanto isso, a Palestina conta com uma embaixada em Santiago.
Um membro da comunidade palestina no Chile segura uma placa que diz em espanhol "Palestina Livre" durante uma manifestação de protesto contra Israel e em apoio aos palestinos, em frente à embaixada de Israel em Santiago, Chile, 19 de maio de 2021
Em suas declarações, o presidente também expressou sua solidariedade ao povo palestino e afirmou que "o Natal é um momento para refletir também sobre os sofrimentos, aos quais não podemos ficar alheios ou protocolares".
"Não podemos esquecer que uma comunidade está sofrendo com uma ocupação ilegal, que está resistindo, uma comunidade que está vendo seus direitos e dignidade violados e isso é absolutamente injusto", acrescentou Boric.
Ontem (21), o presidente do partido israelense Likud, Benjamin Netanyahu, informou ao presidente de Israel, Isaac Herzog, que conseguiu formar um novo governo, conforme noticiado.
Os comentários que vêm sendo feitos sobre o retorno de Netanyahu ao poder, é que Tel Aviv terá o governo mais de direita de sua história, uma vez que o ex-premiê se une a ultraortodoxos e grupos de extrema direita para sua nova gestão. Esses grupos apoiam a construções de novos assentamentos em território palestino, segundo o Deutsch Welle.
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