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Rússia taxa de 'hostis' e rejeita os planos da Grécia de enviar sistemas S-300 russos a Kiev

Os planos do governo grego de entregar os sistemas de mísseis antiaéreos S-300 de fabricação russa à Ucrânia são "francamente hostis", disse a representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Sputnik

"Consideramos que os planos provocativos de fornecer ao regime de Kiev o S-300 e outros sistemas de defesa antiaérea de fabricação russa ou soviética são francamente hostis à Rússia", denunciou a diplomata em comunicado.

De acordo com a representante, Atenas recentemente sinalizou sua prontidão para entregar os sistemas de mísseis terra-ar S-300 PMU-1 russos, implantados na ilha grega de Creta, à Ucrânia se a Grécia puder substituí-los por um número adicional de sistemas Patriot norte-americanos.
"Esta é uma violação flagrante das disposições dos acordos intergovernamentais russo-gregos de 30 de outubro de 1995, sobre cooperação técnico-militar, e de 3 de dezembro de 2013, sobre o fornecimento de produtos militares, que proíbem inequivocamente à Grécia a reexportação equipamento militar fornecido por nós a terceiros sem o consentimento da Rússia", enfatizou Zakharova.
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Ela enfatizou que a violação das obrigações contratuais vai ter consequências, incluindo um enfraquecimento significativo das capacidades de defesa aérea da Grécia.

"Ninguém deve duvidar de que todo o equipamento militar enviado a Kiev será rastreado e destruído em tempo hábil pelas Forças Armadas da Federação da Rússia. Ainda é possível abandonar ideias perigosas, antes que seja tarde demais. Mais uma vez alertamos a liderança grega de suas responsabilidades", disse a representante.

Muitos países condenaram a operação militar especial que a Rússia lançou na Ucrânia no dia 24 de fevereiro e apoiaram Kiev com suprimentos de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou. A Rússia enviou notas de protesto a todos os países que fornecem armas à Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer remessa de armas para Kiev se tornaria um alvo legítimo para as Forças Armadas russas. Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que as tentativas de saturar a Ucrânia com armas não favorecem o andamento das negociações e vão ter um impacto negativo na situação.
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