Operação militar especial russa

Zelensky insinuou em uma frase que a Ucrânia está à beira de um desastre, aponta Foreign Policy

O pedido do presidente ucraniano Vladimir Zelensky para que os refugiados não retornem ao seu país de origem aponta para a situação difícil da economia e que sua infraestrutura está em condições críticas, de acordo com o economista especializado em política externa Adam Tooze.
Sputnik
Em artigo publicado na revista Foreign Policy na última sexta-feira (16), Tooze mostra que os ataques com mísseis a instalações estratégicas na Ucrânia desativaram cerca de 50% da indústria de energia e exacerbaram os problemas financeiros e econômicos do Estado.
Segundo ele, o pedido de Zelensky aos refugiados para não voltarem para casa atesta eloquentemente a gravidade da situação atual.

"Quando um país exige literalmente que seus cidadãos fiquem no exterior porque não pode fornecer a eles serviços básicos de infraestrutura em casa, isso é realmente uma espécie de afirmação existencial", argumenta o autor.

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Tooze estimou as perdas do PIB da Ucrânia durante a operação militar especial em torno de 30% a 35%.
Apenas os subsídios ocidentais salvam o regime ucraniano de mergulhar no caos, mas isso resolve apenas parcialmente a questão da estabilidade do sistema financeiro, disse o analista.
"Neste momento, a situação econômica na Ucrânia, sua situação social, especialmente neste clima frio, está se tornando cada vez mais grave. (...) Literalmente, a cada semana", resumiu.
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Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população votando a favor.
Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após aprovação por ambas as câmaras do Parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.
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