Panorama internacional

Corte de Haia dá prisão de 26 anos a ex-comandante de guerrilha do Kosovo por crimes de guerra

Cinco anos após Haia estabelecer a primeira unidade de crimes de guerra de Kosovo, Salih Mustafa, ex-comandante de uma unidade paramilitar albanesa, recebeu pena de prisão.
Sputnik
A Câmara de Especialistas de Kosovo em Haia, Países Baixos, condenou na sexta-feira (16) Salih Mustafa, ex-comandante do Exército de Libertação de Kosovo (UÇK, na sigla em albanês), por crimes de guerra, com uma pena de prisão de 26 anos.
"O painel de julgamento considerou o sr. Mustafa culpado dos crimes de guerra de detenção arbitrária, tortura e assassinato, e o condenou a uma pena de prisão de 26 anos", disse o tribunal, no que foi o primeiro veredicto do tribunal de Kosovo em um caso de crime de guerra.
Os crimes cometidos por Mustafa ocorreram em 1999, perto do vilarejo de Zlas, cerca de 16 quilômetros a leste de Pristina. Segundo o veredicto, Malih, era o "único e geral comandante" de uma unidade do Exército de Libertação de Kosovo, com autoridade exclusiva para emitir ordens aos seus subordinados e para os disciplinar durante o período em que os crimes foram cometidos pela unidade.
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Mustafa foi detido pela Procuradoria-Especial do Tribunal Internacional em Pristina em setembro de 2020, e foi imediatamente enviado sob custódia para Haia. Esta foi a primeira sentença de prisão de um ex-combatente do UÇK por um tribunal.
A Câmara de Especialistas de Kosovo foi criada em 2017 para investigar crimes cometidos por membros da unidade. O UÇK era um grupo paramilitar étnico-albanês, que lutou pela separação do Kosovo da Iugoslávia durante os anos 1990.
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