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Governo peruano declara estado de emergência por 30 dias em resposta a protestos

Protestos começaram após o impeachment de Castillo e sua posterior detenção. Manifestantes exigem eleições presidenciais antecipadas e a dissolução do Congresso.
Sputnik
O governo peruano decidiu declarar estado de emergência no país, por um período de 30 dias, em resposta aos protestos em massa em apoio ao ex-presidente Pedro Castillo. A informação foi dada pelo ministro da Defesa peruano, Alberto Otárola.

Os protestos no Peru começaram após o impeachment de Castillo e sua posterior detenção. Os manifestantes exigem eleições presidenciais antecipadas e a dissolução do Congresso.
Em reunião do Conselho de Ministros, foi decidido declarar estado de emergência por 30 dias no país. Com esta medida, procuramos garantir a ordem, a continuidade da atividade econômica e a proteção de milhões de famílias.

Segundo a agência Andina, o ministro disse ainda que o estado de emergência entrará em vigor poucas horas após a publicação do respectivo decreto no boletim oficial.
O anúncio do estado de emergência é mais um capítulo na crise política peruana, que se agravou em 7 de dezembro, quando o então presidente Castillo fez uma transmissão na televisão comunicando a dissolução do Congresso e a implementação de um estado de exceção no país, com toque de recolher.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o Congresso votaria um pedido de impeachment contra Castillo. Os parlamentares ignoraram o anúncio e deram andamento à votação, que terminou com a destituição de Castillo.
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As Forças Armadas e a polícia peruana se manifestaram contra a decisão de Castillo, e ele foi preso sob a acusação de rebelião e abuso de poder. A vice-presidente Dina Boluarte foi empossada como chefe de Estado no Congresso e se tornou a primeira mulher presidente do Peru. Ela propôs realizar eleições presidenciais antecipadas em 2024.
Aliados de Castillo vêm sustentando que o ex-presidente foi induzido a decretar a dissolução do Congresso, possivelmente tendo sido dopado, como uma manobra para acelerar sua deposição. Somado a isso, apoiadores do ex-presidente passaram a promover violentos protestos no país.
No último domingo (11), o aeroporto de Andahuaylas, no departamento de Apurímac, no sul do país, foi tomado por manifestantes, que depredaram a pista de aterrisagem e outras instalações do local. No dia seguinte, Otárola comunicou que a presidente Boluarte exonerou prefeitos e subprefeitos a nível nacional, sob a acusação de que eles teriam um papel ativo nos protestos sociais que eclodiram no Peru.
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