Panorama internacional

Chanceler austríaco expressa disposição para manter contatos com Putin

O chanceler austríaco, Karl Nehammer, expressou neste domingo (11) sua disposição de permanecer em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, caso isso contribuísse para um cessar-fogo na Ucrânia.
Sputnik
"Somos um país neutro, temos um estatuto especial na União Europeia [...] e foi por isso que, no início da guerra, foi importante para mim tentar desempenhar um papel de mediador nas negociações. Foram duas conversas [com Putin], uma vez visitei Kiev e depois Moscou, e depois houve outra longa conversa telefônica com Putin, que foi acertada com o secretário-geral da ONU [...] era sobre a 'abertura' de Odessa, era uma situação complicada de negociação [...] se houver uma chance, estou pronto para fazê-lo a partir de agora, se isso contribuir para a paz e um possível cessar-fogo", disse Nehammer em discurso transmitido pela emissora ORF2.
Nehammer acrescentou que atualmente existem "motivos complicados" para as negociações devido aos ataques de Moscou contra a infraestrutura de energia da Ucrânia.
No dia de 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia depois que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pediram ajuda para se defender das forças ucranianas. No final de setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que Moscou ainda estava aberta a negociações com Kiev e pediu à Ucrânia que parasse com as hostilidades. No entanto, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky afirmou que Kiev estava pronto para o diálogo com Moscou apenas se outro presidente chegasse ao poder na Rússia, uma exigência que ele posteriormente abandonou.
Até agora, ambos os lados insistem que as condições adequadas para negociações de paz ainda não foram estabelecidas.
A Rússia começou a atacar a infraestrutura ucraniana no dia 10 de outubro, dois dias após o ataque terrorista da Ucrânia contra a ponte russa da Crimeia. Os ataques visam instalações de energia, da indústria de defesa, de comando militar e comunicações em toda a Ucrânia. Na última quarta-feira (7), Zelensky disse que, no momento, era impossível restaurar totalmente a infraestrutura energética do país.
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