"A vida dos imigrantes na Europa tende a piorar muito, pois o encarecimento do preço da energia não só faz com que a conta de energia dos domicílios se eleve, mas com que os custos de energia do processo produtivo das indústrias, do setor de turismo, do setor de serviços também cresçam. Com os custos ficando mais altos, as taxas de lucro diminuem imediatamente e os empregos começam a ser cortados", afirma Sobral em entrevista à Sputnik Brasil.
"Se aproxima também uma grave crise internacional devido a esses mesmos elementos — custos de energia, inflação, diminuição dos empregos, elevação da taxa de juros pelo banco central norte-americano", alerta.
Em busca de qualidade de vida, imigrantes enfrentam dificuldades
"Esses três custos estão variando para cima, estão sofrendo um processo inflacionário forte na Europa, próximo de 10%. E isso pode desequilibrar as contas familiares. Além disso, o dólar e o euro se valorizaram frente ao real. Então uma pessoa aposentada que recebe seu salário em reais e tem que converter para euros, com a desvalorização do real, vê uma perda em sua renda. Somente uma valorização do câmbio brasileiro, ou seja, o real conseguindo se revalorizar frente ao dólar e ao euro, permitiria a essas pessoas recuperarem sua capacidade de compra", aponta.