O discurso do ministro, que visita a Turquia a convite do seu homólogo turco, foi transmitido online pelo governo finlandês.
"Na Finlândia não há proibição categórica de exportar armas para a Turquia. Cada pedido é estudado separadamente. Vários projetos de exportação receberam luz verde na forma de aprovação preliminar", disse Kaikkonen.
O ministro lembrou que a Turquia não deu ainda uma resposta clara à aprovação aos pedidos de adesão da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
De acordo com uma fonte diplomática, segundo o jornal Ilta-Lehti, a Turquia não vai aprovar esses pedidos antes das eleições marcadas no país para a próxima primavera.
"Em Bruxelas esperam que a Turquia encontre tempo depois das eleições para apoiar a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN", disse a fonte, sublinhando que isso deve ser feito antes da cúpula de verão da Aliança Atlântica, que vai ter lugar em Vilnius, na Lituânia.
Após o início da operação militar especial da Rússia, Finlândia e Suécia decidiram revisar sua política de neutralidade. No dia 18 de maio, os dois países apresentaram seus pedidos de adesão à OTAN. Para ingressar no bloco, Finlândia e Suécia precisam buscar a aprovação unânime de todos os 30 Estados-membros.
No entanto, a Turquia bloqueou o processamento dos pedidos. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou que Ancara não pode aprovar a admissão da Finlândia e da Suécia, porque, segundo ele, ambos apoiam o terrorismo e suas organizações, em particular o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é proibido na Turquia.