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Rosatom assina contrato para comercialização de urânio para usinas brasileiras a partir de 2023

A Internexco, subsidiária da Rosatom, a estatal nuclear russa, assinou um contrato para vender urânio às usinas nucleares brasileiras a partir de 2023.
Sputnik
A Internexco e a estatal brasileira Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB) assinaram um contrato para a comercialização de urânio enriquecido para as usinas nucleares brasileiras entre 2023 e 2027.
As informações foram confirmadas pela Rosatom. Segundo a empresa russa, "o contrato foi resultado de uma licitação internacional aberta" e é o primeiro contrato de longo prazo com o Brasil para "fornecimento de produtos de urânio enriquecido na história da estatal russa".
A empresa russa destaca que, com a assinatura do contrato, a Rosatom chega ao maior mercado de produtos de urânio da América Latina.
As usinas nucleares de Angra dos Reis, Angra 1 e Angra 2, localizadas no estado do Rio de Janeiro, são as únicas do Brasil. Elas têm capacidade elétrica instalada de 640 e 1.350 megawatts, respectivamente.
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A matriz nuclear responde atualmente por menos de 3% de toda a energia gerada no país. Angra 3 deve começar suas operações comerciais em novembro de 2026, com a planta em plena capacidade no ano seguinte.
As três das maiores empresas da área no país são a Eletrobras Eletronuclear, a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), de construção pesada, e a Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), de enriquecimento de urânio.
Vale lembrar que, em outubro deste ano, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (Enbpar, empresa dirigente da Eletronuclear) e a Rosatom assinaram um memorando de entendimento para aprofundar a cooperação em áreas como construção, operação e descomissionamento de novas usinas nucleares de alta capacidade baseadas em tecnologias russas no Brasil.
Durante o Fórum Internacional ATOMEXPO, na cidade russa de Sochi, o presidente da Enbpar, Ney Zanella dos Santos, disse que a recente revisão do marco regulatório das atividades nucleares brasileiras, que abriu espaço para o setor privado, possibilitará uma expansão mais rápida do setor.
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