Ciência e sociedade

Apple planeja transferir parte de sua produção para fora da China visando Índia e Vietnã

A gigante de tecnologia Apple planeja transferir parte de sua produção para fora da China depois que alguns protestos anti-confinamento, na maior fábrica de iPhone do mundo, atrasaram a produção. O gerente geral da empresa, Tim Cook, vê o Vietnã e a Índia como novos centros de produção.
Sputnik
Os consumidores estão enfrentando o maior tempo de espera nos 15 anos de história do iPhone, com uma data de entrega provisória após o Natal. Além disso, a produção da Apple no quarto trimestre está cerca de 10 milhões abaixo do esperado, sendo o iPhone Pro e Pro Max os mais atrasados da linha.
Em novembro, a empresa emitiu um alerta de que atrasos na produção do iPhone poderiam ocorrer devido a restrições de saúde na cidade chinesa de Zhengzhou, popularmente conhecida como iPhone City.
É por isso que a empresa planeja transferir sua produção para a Índia e o Vietnã para reduzir sua dependência das montadoras taiwanesas, lideradas pelo Foxconn Technology Group. No entanto, mover a produção para esses países pode ser um problema, pois eles não têm tantos especialistas em tecnologia e fornecedores para fabricar centenas de milhões de produtos quanto a China. Por exemplo, o iPhone City passou a representar cerca de 85% da produção da série Pro.
Panorama internacional
Apple congela plano de usar chips da China em meio a pressão política
O analista da TF International Securities, Ming-Chi Kuo, disse ao Wall Street Journal que, a longo prazo, a Apple espera obter até 45% de seus produtos da Índia. Por sua vez, o Vietnã poderia se concentrar principalmente na produção de AirPods, relógios inteligentes e laptops.
No dia 23 de novembro, fortes protestos eclodiram em Zhengzhou, alimentados pelo descontentamento popular com as restrições de combate à COVID-19 impostas pelas autoridades. Os protestos afetaram a produção da Foxconn, a maior fábrica de smartphones iPhone. Metade dos modelos da Apple são fabricados no complexo industrial da Foxconn, que emprega até 350.000 pessoas.
Comentar