Operação militar especial russa

Macron: se Putin quiser terminar operação, Ocidente deve considerar garantias de segurança à Rússia

Presidente francês "relembrou" encontros com líder russo no qual Moscou deixou claro sua necessidade de garantias de segurança, e por não ter sido ouvida, a Rússia decidiu começar a operação na Ucrânia.
Sputnik
Em comentários feitos hoje (3), o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o Ocidente deveria considerar como abordar a necessidade da Rússia por garantias de segurança se o presidente, Vladimir Putin, concordar com as negociações sobre o fim da operação russa na Ucrânia.

"Isso significa que um dos pontos essenciais que devemos abordar como o presidente Putin sempre disse é o medo de que a OTAN bata em suas portas e o desdobramento de armas que possam ameaçar a Rússia. [...] Esse tema fará parte dos temas da paz, por isso precisamos preparar o que estamos prontos para fazer, como proteger nossos aliados e Estados-membros e como dar garantias à Rússia no dia em que ela voltar à mesa de negociações", afirmou Macron segundo a Reuters.

Moscou e Washington disseram esta semana que estão abertos a negociações em princípio, embora o presidente dos EUA, Joe Biden, tenha dito que só falaria com Putin se o chefe do Kremlin mostrasse que estava interessado em acabar com a operação, conforme noticiado.
Muitos na Ucrânia e no Ocidente se opõem fortemente a qualquer negociação com Putin, mas os comentários de Macron sugeriram que ele simpatizava com a necessidade de Moscou por garantias de segurança – uma demanda que foi o foco de uma diplomacia intensa, mas fracassada, no período que antecedeu a operação.
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Em 8 de fevereiro, apenas algumas semanas antes do começo do conflito, o líder russo disse em uma coletiva de imprensa conjunta com Macron em Moscou que a Rússia continuaria tentando obter respostas do Ocidente para suas três principais demandas de segurança: não mais ampliação da OTAN; nenhuma implantação de mísseis perto de suas fronteiras; e uma redução da infraestrutura militar da OTAN na Europa para os níveis de 1997.
Na época, os Estados Unidos disseram na época que as demandas russas eram "inúteis".
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