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Ameaça de sargento da Marinha a Lula impulsiona movimento para retirar militares do GSI, diz mídia

Grupo de transição do presidente eleito vem debatendo a desmilitarização do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Cabe ao GSI fazer a segurança pessoal do presidente da República, do vice e seus familiares, além de coordenar atividades de inteligência federal.
Sputnik
Atualmente, o GSI está sob o comando do general Augusto Heleno, nome da extrema confiança do presidente Jair Bolsonaro, e mantém sob seu guarda-chuva a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Entretanto, a equipe de transição do petista quer nomear um civil para chefiar o órgão, relata o jornal O Globo.
Segundo a mídia, o debate sobre a desmilitarização ganhou força após a divulgação do vídeo em que um sargento da Marinha lotado no órgão, Ronaldo Travassos, afirmou que Lula não assumirá a presidência no mês que vem. Na avaliação de integrantes da transição, o episódio torna a discussão em torno de tema indispensável.
Porém, o general Marco Edson Gonçalves Dias, da equipe que faz a segurança do petista, é um dos que se posicionam contra a mudança. Em sua visão, a interlocutores, ele argumenta que a natureza da atividade do órgão justifica a presença de militares em sua estrutura e relembra que Lula manteve 800 fardados no GSI durante os seus dois primeiros mandatos.
Entretanto, há correntes do PT que defendem até mesmo a extinção do GSI, que tem status de ministério no atual desenho do governo. Outra ala vê a necessidades de remoção dos militares de funções que necessitam atuar dentro do Palácio do Planalto, relata a mídia.
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Auxiliares próximos a Lula já se preparam para substituir o maior número possível de cargos que hoje dão as cartas no GSI. O entendimento é que os principais nomes da atual formação não podem participar da transição, atuar durante a posse, tampouco ao longo do futuro governo.
Após o episódio envolvendo o militar da Marinha lotado no órgão, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), cotado para ministro da Justiça e Segurança Pública, foi direto nas críticas a Heleno.

"Não é possível um militar da ativa ter qualquer envolvimento político, ainda mais cometendo crime contra o Estado democrático de Direito. Essa conduta se coaduna com a do comandante do GSI [general Heleno], que não se notabiliza nem pela boa educação nem pela fidelidade aos princípios da democracia", afirmou Dino citado pelo jornal.

Em nota divulgada à imprensa, o GSI afirmou não ter responsabilidade por declarações de servidores.
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