Notícias do Brasil

Mídia: ministros de Bolsonaro dizem que presidente está em 'um mundo paralelo' e que 'governo parou'

Há algumas semanas, desde o resultado do segundo turno, é notório o isolamento do presidente, Jair Bolsonaro, após o resultado do pleito. Entretanto, pelo tempo de seu recolhimento, o silêncio de Bolsonaro surpreende até aliados, que veem o presidente em "mundo paralelo".
Sputnik
Ministros do governo relataram à coluna de Andréia Sadi em no G1 que o presidente diminuiu significativamente até mesmo as mensagens de WhatsApp (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) – meio de comunicação preferido do mandatário – a assessores e aliados.
Nos bastidores, além da dor na perna causada por uma inflamação, seu recolhimento é atribuído a um inconformismo por ter perdido e à preocupação crescente com o seu futuro e o dos aliados na Justiça.
De acordo com a mídia, Bolsonaro tinha para si que ganharia a eleição e não se preparou para um mundo sem foro privilegiado e sem poder e, relatam aliados, só se deu conta durante a apuração do dia 30 de outubro de que estaria descoberto juridicamente e politicamente.
Jabuticaba Sem Caroço
Que fim terão o lulismo e o bolsonarismo no Brasil?
Na visão de um dos mais próximos auxiliares de Bolsonaro, hoje, existem dois mundos para o presidente. O real, no qual sabe que Lula foi à COP 27, que tem os presidentes do Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, cumprimentando o presidente eleito em janeiro e que vai vestir a faixa presidencial em janeiro.
E tem o outro, o paralelo, dos "Allan dos Santos, das [Carla] Zambellis... que faz muito barulho, dizendo que não vai deixar ninguém subir a rampa [do Planalto] mas que não leva a lugar algum. Talvez, na verdade, os leve para o banco dos réus", como diz ao blog um ministro do governo Bolsonaro que não quis ser identificado.
Além disso, o governo "está totalmente paralisado", segundo a coluna de Bela Megale em O Globo. A jornalista também ouviu ministros da gestão que relataram que o isolamento de Bolsonaro, que sempre foi centralizador no comando do Executivo, colocou todo o governo em modo de estagnação.
"Nada anda, o governo parou. E ainda falta mais de um mês de trabalho. O clima de velório não passa", resumiu um integrante da alta cúpula citado pela mídia.
Enquanto o presidente não define como atuará publicamente, Bolsonaro ainda busca qualquer medida do PL para tentar impugnar as eleições. O partido tem dito o que o mandatário quer ouvir, mas, de acordo com a coluna, em 2023, o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, não quer confusão com Lula, complementa a colunista.
Comentar