As Forças de Operações Especiais (SOF, na sigla em inglês) dos EUA testaram um míssil de longo alcance no Ártico de um C-130 com a intenção de provocar, relatou na quarta-feira (9) o jornal americano Stars and Stripes.
O míssil de cruzeiro ar-terra foi lançado de paraquedas do bombardeiro no Campo de Tiro de Andoya, Noruega, dentro do círculo Ártico, como parte da fase final do programa Rapid Dragon (Dragão Rápido, na tradução), explica a mídia. O alcance de tais mísseis é de pouco mais de 1.900 quilômetros. A ideia por trás do exercício é testar as capacidades conjuntas, mesmo no caso de um ataque a concentrações de forças, como a Base Aérea Ramstein da OTAN na Alemanha, segundo o Stars and Stripes.
O objetivo foi "demonstrar como os aliados podem se fortalecer misturando e combinando sistemas de armas de novas maneiras", resumiu Lawrence Melnicoff, tenente-coronel do Comando Europeu de Operações Especiais.
Bombardeiro C-130 antes de exercícios das Forças de Operações Especiais dos EUA na Noruega em 9 de novembro de 2022
© Foto / Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA
"Isso coloca esta coisa no alcance da Rússia. Estamos deliberadamente tentando ser provocadores sem escalar", contou ao jornal Melnicoff.
"Estamos tentando deter a agressão russa, o comportamento expansivo, mostrando capacidades melhoradas dos aliados", acrescentou ele.
Moscou tem advertido contra a concentração e atividades das tropas da OTAN junto das fronteiras da Rússia, particularmente desde o começo da operação militar especial na Ucrânia. Em particular, apontou Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, a OTAN quer dissuadir a Rússia através de um sistema de defesa coletiva em torno do país.