Panorama internacional

Berlusconi: Ucrânia vai sentar à mesa de negociações se parar de receber armas do Ocidente

Os países ocidentais devem cessar o fornecimento de armas à Ucrânia se quiserem uma solução pacífica para o conflito entre Kiev e Moscou, disse o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Sputnik
No fim de semana, em uma entrevista ao jornalista Bruno Vespa, Berlusconi observou que a perspectiva de não receber assistência militar, mas uma ajuda significativa para reconstrução poderia convencer Kiev a concordar com as negociações com Moscou.
De acordo com o político italiano, Zelensky só concordaria com a concretização de qualquer espécie de acordo com Moscou "se a Ucrânia entender em certo momento que não pode mais contar com armas e ajuda" ao mesmo tempo. Em vez disso, o Ocidente poderia oferecer a Kiev "centenas de bilhões de dólares para a reconstrução" como um estímulo para entrar nas negociações, acrescentou o político.
O ex-premiê, que agora lidera o partido Forza Italia, também acredita que a Ucrânia deve reconhecer a Crimeia como um território russo, de acordo com o jornal La Repubblica, que publicou trechos de sua entrevista. Um novo referendo que envolvesse observadores ocidentais também deveria ser realizado em Donbass para determinar seu destino, acrescentou.
Berlusconi chamou o presidente russo Vladimir Putin de "um homem de paz". Ele revelou que tentou contatar Putin quando o conflito entre Moscou e Kiev eclodiu no final de fevereiro, mas não conseguiu contatá-lo por telefone.
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Vale ressaltar que os referendos sobre a integração das quatro regiões – as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie – ao território russo foram realizados de 23 a 27 de setembro, com a adesão de todas sendo aprovada com ampla maioria de votos. Mais tarde, Vladimir Putin, presidente da Rússia, assinou leis federais ratificando a admissão desses territórios.
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