Panorama internacional

ONU: 2022 pode ser o ano mais mortal para palestinos na Cisjordânia

Aumento de mortes ocorre enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) pressionam a população com operações de prisão generalizadas após uma série de ataques contra as instalações do Exército israelense.
Sputnik
O enviado da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio disse que 2022 está a caminho de ser o ano mais mortal para os palestinos na Cisjordânia desde que a ONU começou a rastrear mortes, em 2005.
Tor Wennesland pediu ação internacional imediata para acalmar "uma situação explosiva" e avançar para a renovação das negociações entre Israel e Palestina.
Ele disse ao Conselho de Segurança da ONU que "desespero, raiva e tensão crescentes mais uma vez explodiram em um ciclo mortal de violência que é cada vez mais difícil de conter" e "muitas pessoas, esmagadoramente palestinas, foram mortas e feridas".
Em uma avaliação sombria, o coordenador especial para o processo de paz no Oriente Médio disse que a espiral descendente na Cisjordânia e a atual situação volátil decorrem de décadas de violência que afetou israelenses e palestinos, a ausência prolongada de negociações e o fracasso para resolver questões que alimentam o conflito.
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Wennesland lamentou que outubro "viu um aumento na violência fatal" que tem o ano de 2022 a caminho de ser o mais mortal na Cisjordânia. Mais de 125 palestinos foram mortos em incidentes violentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental este ano.
Neste mês, o enviado da ONU disse que 32 palestinos, incluindo seis crianças, foram mortos pelas forças de segurança israelenses e 311 ficaram feridos durante manifestações, confrontos, operações de busca e prisão, ataques e supostos ataques contra israelenses.
Dois militares israelenses foram mortos e 25 civis israelenses foram feridos por palestinos durante ataques de tiros e abalroamentos, confrontos, lançamento de pedras e coquetéis molotov e outros incidentes durante o mesmo período.
As Forças de Defesa de Israel dizem o Estado "está sob terror". As FDI sustentam que desde o início deste ano, houve mais de 4 mil ataques de "terroristas palestinos perpetrados contra israelenses".
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