Nesta quinta-feira (27), em um comunicado lido na TV estatal, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o Irã vai retaliar contra aqueles que ameaçam a segurança do país após o ataque no mausoléu de Shah Cheragh, na cidade iraniana de Shiraz, ontem (26).
O ato de violência, posteriormente reivindicado pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), deixou 15 pessoas mortas e dezenas de feridas.
Khamenei disse que os agressores "certamente serão punidos" e pediu aos iranianos que se unam, segundo a agência iraniana Tasnim.
"Todos nós temos o dever de lidar com o inimigo e seus agentes traidores ou ignorantes [...] o perpetrador ou os perpetradores deste crime certamente serão punidos", disse Khamenei um dia após o ataque matar 15 pessoas.
Autoridades iranianas disseram que prenderam um atirador que realizou o ataque, relata a Tasnim. A mídia estatal culpou os "takfiri terroristas" – classificação que Teerã usa para militantes muçulmanos sunitas radicais, como o Daesh.
Imagens de câmeras de segurança transmitidas pela TV estatal hoje (27) mostraram o agressor entrando no mausoléu depois de esconder um rifle de assalto em uma bolsa e atirar enquanto os fiéis tentavam fugir e se esconder nos corredores.
Um alto funcionário iraniano citado pela mídia afirmou que o suposto agressor estava em estado crítico depois de ser baleado pela polícia.
"Ainda não conseguimos interrogá-lo", disse o vice-governador da província de Fars para Assuntos Políticos, de Segurança e Sociais, Easmail Mohebipou.
Ainda segundo Mohebipou, o ataque de ontem (26) aconteceu na hora em que as pessoas estavam reunidas para as orações noturnas no mausoléu.