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Moldávia pode autorizar entrada de tropas da OTAN a qualquer momento, diz ex-presidente

Apesar da neutralidade do Estado, as autoridades moldavas podem usar um artifício no tribunal constitucional do país para trazer tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a qualquer momento, disse à Sputnik o ex-presidente da República Igor Dodon.
Sputnik
Segundo ele, há cinco anos, o Tribunal Constitucional da Moldávia adotou uma decisão segundo a qual o status de neutralidade perdeu a validade prática. Dodon afirma que, se o governo considerar necessário, poderá intervir por meio de "algumas forças" para resolver questões de segurança.
"Existe tal decisão do Tribunal Constitucional. Está em vigor, ninguém a cancelou", disse Dodon.
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, fala durante coletiva de imprensa ao lado do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Antony Blinken, em Chisinau, em 6 de março de 2022. Foto de arquivo
De acordo com o ex-presidente, para aproveitar o cenário, as autoridades podem recorrer ao tribunal, em vez de iniciar um processo de revisão da Constituição, o que levaria pelo menos seis meses. Além disso, o partido no poder não teria votos suficientes no parlamento para mudar a lei neste momento.

"Eles simplesmente entendem que o povo seria categoricamente contra [alterar a lei]. Neste caso, o descontentamento socioeconômico dentro do país será complementado por essa invasão de tropas de um Estado estrangeiro", explicou o ex-presidente.

De acordo com a constituição da Moldávia, a república tem status neutro, mas desde 1994 o país coopera com a OTAN em um plano de parceria individual. O centro de informações da aliança já opera na capital da Moldávia. Em dezembro de 2017, foi aberto um escritório da OTAN em Chisinau, capital moldava.
Pesquisas de opinião pública mostram que mais de 60% da população da república é contra a adesão à OTAN.
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