Panorama internacional

Scholz: não devemos permitir que conflito entre Moscou e Kiev acabe sendo entre a Rússia e OTAN

Segundo Berlim, que vê uma situação "perigosa", há que evitar que o atual conflito russo-ucraniano se torne um entre a Rússia e países ocidentais.
Sputnik
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia não deve se transformar em um conflito direto entre a Rússia e a OTAN, disse Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, ao jornal alemão Welt.
Ele foi questionado se temia que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia se transformasse em uma guerra mundial.
"Acho que isso não vai acontecer, mas, no mínimo, não devemos perder de vista o perigo", respondeu Scholz.
"Em uma situação tão perigosa, qualquer passo descuidado está fora de questão. Isso não deve levar a um conflito direto entre a Rússia e a OTAN", apontou.
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Apesar de tudo, o chanceler acrescentou que a Alemanha apoia a Ucrânia "dentro das suas possibilidades". Depois de Washington, Berlim é um dos países que mais apoia a Ucrânia financeiramente, humanitariamente e também com armas.
"A Alemanha está fornecendo armas que são muito importantes nesta guerra – artilharia e sistemas antiaéreos. Há alguns dias entregamos o Iris-T, o sistema de defesa antiaérea mais avançado do mundo, que nem mesmo nossas Forças Armadas têm", notou Scholz.
Moscou tem apontado diversas vezes que a extensa ajuda ocidental a Kiev é ou está muito próxima de constituir um envolvimento direto na operação militar especial da Rússia na Ucrânia. A Rússia sublinha que se reserva o direito de destruir todos os suprimentos militares que entrem em território ucraniano e que essa ajuda prolonga as hostilidades.
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