Panorama internacional

Bloomberg diz que UE vai aumentar proteção da infraestrutura após sabotagem do Nord Stream

Bloco europeu vai criar "plano" para lidar com futuros incidentes que visem infraestrutura crítica depois que vazamentos do Nord Stream destacaram sua vulnerabilidade.
Sputnik
A União Europeia (UE) vai intensificar os esforços para proteger a infraestrutura crítica de atos de sabotagem, de acordo com a Bloomberg.
A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, vai recomendar esta semana que os Estados-membros aumentem a cooperação e testem a infraestrutura-chave, começando com energia e seguido por outros setores de alto risco, como comunicações, transporte e espaço, de acordo com um documento preliminar acessado pela agência de notícias. O bloco também deve criar um "plano" que estabelece respostas para futuras crises.
As vulnerabilidades da UE ficaram em foco no mês passado, quando os gasodutos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2) sofreram quatro grandes vazamentos de gás como resultado de supostos ataques de sabotagem. O tráfego ferroviário no norte da Alemanha também foi interrompido por várias horas depois que os cabos de rádio foram cortados, enquanto um vazamento de óleo no oleoduto Druzhba, na Polônia, deu origem a mais temores de sabotagem, antes que as autoridades considerassem que provavelmente foi um acidente.
"A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia trouxe um novo conjunto de ameaças, muitas vezes combinadas como um ataque híbrido", diz o documento, que ainda está sujeito a alterações, e destaca o risco para a infraestrutura crítica do bloco. "Isso se tornou flagrantemente óbvio com a aparente sabotagem dos gasodutos Nord Stream."
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As medidas surgem no momento em que a UE se apressa para reduzir sua dependência dos combustíveis fósseis russos, com a Comissão pronta para propor a última rodada de regulamentos para mitigar os preços crescentes do gás ainda esta semana. A medida da União vai abrir precedente para que Moscou tome medidas de retaliação baseadas no princípio de reciprocidade que rege as relações internacionais entre Estados.
Em um plano de ação separado para digitalizar o sistema de energia, a Comissão também vai poder identificar onde enfrenta riscos de segurança cibernética, na medida em que foram sendo implantadas energias renováveis e que as empresas de fornecimento e distribuição de energia foram sendo descentralizadas.
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