Nesta sexta-feira (14), a primeira-ministra britânica, Liz Truss, demitiu seu ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, antes de uma esperada reversão de seu pacote econômico em uma tentativa de sobreviver ao mercado e à turbulência política que assola o país.
O agora ex-ministro, disse que renunciou a pedido de Truss enquanto voltava para Londres das reuniões do FMI em Washington. Truss, no poder por apenas 37 dias, realizará uma entrevista coletiva ainda hoje (14) para falar sobre o assunto.
O ex-chanceler, Jeremy Hunt, já foi nomeado como novo ministro das Finanças britânico, disse o gabinete da primeira-ministra também nesta sexta-feira (14) segundo a Reuters. Hunt também já foi ministro da Saúde e da Cultura.
Após a demissão, o ex-ministro publicou uma carta no Twitter endereçada a Truss dizendo "quando você me pediu para servir como seu chanceler, eu o fiz sabendo que era incrivelmente difícil".
Kwarteng teve o mandato mais curto do país desde 1970, e seu sucessor será o quarto ministro das Finanças em tantos meses no Reino Unido, onde milhões estão enfrentando uma crise de custo de vida.
No dia 23 de setembro, ele havia anunciado uma nova política fiscal, entregando a visão de Truss de grandes cortes de impostos e desregulamentação para tentar chocar a economia após anos de crescimento estagnado.
No entanto, a resposta dos mercados foi tão feroz que o Banco da Inglaterra teve que intervir para evitar que os fundos de pensão fossem pegos no caos, à medida que os custos de empréstimos e hipotecas aumentavam.
Desde então, a dupla está sob crescente pressão para reverter o curso, já que as pesquisas mostraram que o apoio ao Partido Conservador entrou em colapso, levando os colegas a discutir abertamente se deveriam ser substituídos.
Tendo desencadeado uma derrota no mercado, Truss agora corre o risco de derrubar o governo se não conseguir encontrar um pacote de cortes de gastos públicos e aumentos de impostos que possa apaziguar os investidores e passar por qualquer votação parlamentar na Câmara dos Comuns.