Sensores dos EUA são incapazes de rastrear mísseis hipersônicos da Rússia e China, alerta relatório

Radares dos EUA são incapazes de rastrear mísseis hipersônicos chineses e russos até o trajeto final de voo, mesmo com desenvolvimento de novos sistemas no âmbito do programa de defesa acelerado de mísseis hipersônicos do Pentágono, aponta relatório do Congresso.
Sputnik
Para sensores de satélites geoestacionários, os alvos hipersônicos são entre dez e 20 vezes mais difíceis de detectar do que os mísseis balísticos convencionais que voam em trajetórias mais previsíveis, avança The Washington Times.

"Os funcionários da Defesa dos EUA têm afirmado que as arquiteturas de sensores terrestres e espaciais existentes são insuficientes para detectar e rastrear armas hipersônicas", diz relatório.

Mísseis hipersônicos voam a velocidades superiores a 1,6 km por segundo. Os atuais sistemas de radar espaciais e terrestres dos EUA são incapazes de detectar os mísseis até o final do voo, dificultando a interceptação com sistemas antimíssil. Além disso, estas armas voam ao longo do limite da atmosfera e podem manobrar em voo para evitar as defesas.
"A manobrabilidade e a baixa altitude de voo das armas hipersônicas podem desafiar os sistemas de detecção e defesa existentes", lê-se no documento.
A fim de responder de melhor maneira a este problema, o Pentágono está trabalhando em uma rede de 550 satélites como parte de uma arquitetura espacial de defesa nacional em sete camadas de altitude, uma das quais procurará detectar mísseis de alta velocidade.
Pentágono atribui quase US$ 1 bilhão para desenvolvimento de mísseis hipersônicos
Os Estados Unidos estão tentando alcançar a Rússia e China no desenvolvimento de armas hipersônicas. O Departamento de Defesa tornou a eliminação desta lacuna uma prioridade, solicitando US$ 4,7 bilhões para o programa no ano fiscal de 2023.
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