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Inflação nos EUA resiste a medidas do Fed e se mantém em alta

Dados divulgados nesta quinta-feira (13) revelam que o índice de preços ao consumidor subiu 0,4% em setembro e que o chamado núcleo duro da inflação ficou em 6,6%, o maior desde 1982.
Sputnik
Dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelaram que as medidas tomadas pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, não estão sendo capazes de reduzir a alta inflacionária que afeta o país.
Segundo o departamento, o índice de preços ao consumidor americano registrou em setembro uma alta de 0,4%, após uma variação de 0,1% registrada em agosto. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 8,2%, se mantendo acima do patamar de 8% registrado desde março.
Outro dado preocupante foi o chamado núcleo duro da inflação, que abrange todos os itens exceto alimentos e energia, que têm preços voláteis. Esse índice avançou 0,6% em relação a agosto, fechando setembro em alta de 6,6% em relação ao ano anterior. Segundo o relatório do departamento, "é o maior aumento em 12 meses no índice desde agosto de 1982".
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Os dados indicam que as medidas tomadas pelo Fed não estão surtindo o efeito esperado. Somente neste ano, o órgão já anunciou cinco aumentos consecutivos na taxa de juros, em um esforço para baixar, ou pelo menos conter, a inflação. Os últimos três aumentos foram no patamar de 0,75%, o maior já aplicado desde 1994.
Na coletiva realizada para anunciar o último aumento, em 21 de setembro, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o órgão continuará trabalhando para trazer o percentual da inflação para a meta de 2%. Ele também sinalizou que novos aumentos na taxa de juros podem ser anunciados neste ano. Diante dos dados divulgados nesta quinta-feira (13), a expectativa é que uma nova alta de 0,75% seja anunciada.
Os Estados Unidos atravessam um grave período de crise econômica, com a maior taxa de inflação já registrada nos últimos 40 anos. A crise é um reflexo dos gastos realizados para conter o impacto da pandemia somado à decisão do governo do presidente Joe Biden de aplicar uma política de sanções à Rússia, que levou o preço dos combustíveis a uma escalada.
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