Estados da OTAN apoiam escudo antimísseis liderado pela Alemanha para a Europa, diz Bloomberg

Pelo menos 15 Estados assinaram uma carta de intenção para aderir ao plano de desenvolvimento de um sistema antimísseis liderado por Berlim que incluem os sistemas Patriot norte-americano e Iris-Ts alemão.
Sputnik
Segundo a Bloomberg, pelo menos 15 países, principalmente da Organização do Tratado do Altântico Norte (OTAN), incluindo o Reino Unido e os Países Baixos, assinaram uma carta de intenção para se juntar a um projeto alemão de longo prazo na criação de um escudo antimísseis europeu que aumentaria a proteção de grande parte do continente.
O sistema vai contar com várias camadas para interceptar vários tipos de mísseis em diferentes alturas, possivelmente ligando sistemas de defesa antiaérea israelenses Arrow 3, bem como Patriots fabricados nos EUA e Iris-Ts alemães, e seria totalmente implantado através da OTAN.
"É sobre ser interoperável, é sobre ser capaz de definir preços, é sobre ser capaz de apoiar uns aos outros, então é uma situação ganha-ganha para os países que fazem parte disso", afirmou a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, a repórteres durante uma reunião ministerial da OTAN em Bruxelas.
Além da Alemanha, os Estados Bálticos, Finlândia, Noruega, Hungria, Bulgária, Romênia, Eslováquia, República Tcheca, Eslovênia e Bélgica também aderiram ao plano, de acordo com uma fonte da Bloomberg.
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A ministra apontou para o aumento dos riscos de segurança na Europa após a operação militar especial russa na Ucrânia. De acordo com Lambrecht, os países da aliança têm "que agir rapidamente agora".
"É importante que essas lacunas [em nossa defesa] sejam fechadas porque todos vemos em que tempos estamos vivendo, são tempos perigosos e desafiadores", disse a ministra.
Lambrecht disse que outros países também podem mais tarde aderir ao plano, que ainda está em seus estágios iniciais.
A chefe da Defesa alemã disse, no mês passado, que o sistema Arrow 3, caso seja escolhido, não entraria em operação até 2025, no mínimo. "Se decidirmos a favor do sistema e concluirmos os contratos agora, e se a indústria também puder entregar imediatamente, então, idealmente, poderíamos começar a treinar no próximo ano", disse Lambrecht em entrevista ao grupo de mídia Funke.
O escudo antimísseis foi anunciado pela primeira vez pelo chanceler alemão Olaf Scholz em um discurso em Praga em agosto deste ano.
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