Panorama internacional

EUA têm 'longa batalha' contra a inflação pela frente, afirma dirigente do Fed

Nesta segunda-feira (26), Raphael Bostic, presidente do Federal Reserve de Atlanta, afirmou que o banco central dos EUA ainda tem uma longa batalha pela frente para controlar a inflação. Segundo ele, os mercados ainda devem enfrentar volatilidade nesse percurso.
Sputnik
A declaração de Bostic ocorreu durante entrevista ao jornal The Washington Post. O Federal Reserve de Atlanta faz parte da estrutura do banco central norte-americano.
"Ainda temos um longo caminho a percorrer para controlar a inflação", disse Bostic. "Os mercados financeiros serão mais voláteis até que a inflação seja controlada", acrescentou o dirigente regional do Fed.
Os EUA enfrentam atualmente uma crise inflacionária impulsionada pelos impactos da pandemia da COVID-19 sobre a produção global de commodities e as cadeias de suprimentos. Em junho, a inflação norte-americana chegou a 9,1%e vem registrando os maiores valores em quatro décadas.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, durante entrevista coletiva
Diante da situação, o banco central dos EUA tem elevado sucessivamente as taxas de juros no país. O mais recente aumento ocorreu na semana passada, quando o Federal Reserve elevou a taxa pela terceira vez consecutiva em 0,75%.
Os aumentos consecutivos da taxa de juros nos EUA para controlar a inflação têm gerado temores de que uma recessão pode atingir o país em breve. Segundo as próprias estimativas do Fed, a economia norte-americana deve crescer 0,2% em 2022. A estimativa de junho previa crescimento de 1,7%.
Atualmente a taxa de juros nos EUA está em 3,25% — o maior desde 2008. A expectativa é de que a taxa chegue a 4,4% até o final do ano e que se mantenha sem queda até pelo menos 2024.
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