Panorama internacional

Com apoio de Elon Musk, EUA saúdam plano para burlar redução do acesso à Internet no Irã

Porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price parabenizou nesta segunda-feira (26) as diversas empresas norte-americanas que devem aderir ao plano do governo para ampliar o acesso à Internet no Irã.
Sputnik
Enquanto o Irã promove uma repressão ao acesso à Internet no país, após protestos provocados pela morte de uma mulher de 22 anos sob custódia policial, os EUA pretendem aumentar as possibilidades para a população entrar na rede.
Ned Price disse hoje (26) que os "Estados Unidos saúdam o envolvimento de empresas privadas que buscam usar sua tecnologia para aumentar a acessibilidade à Internet no Irã, como a Starlink, de Elon Musk, em meio a recentes protestos antigovernamentais".
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, do Departamento do Tesouro dos EUA, anunciou na semana passada uma expansão de uma licença geral, permitindo que uma maior variedade de serviços de Internet seja fornecida ao Irã.
Ned Price Fevereiro de 2021
Na prática, os EUA retiraram diversas licenças, impostas em razão das sanções sobre a economia iraniana, para que empresas de tecnologia sejam capazes de ofertar Internet para a população do país do Oriente Médio.
A medida foi uma resposta às determinações das autoridades iranianas em meios às manifestações políticas no país.

Durante uma coletiva de imprensa, Price disse que "há razões para acreditar que as empresas [norte-americanas] estão agindo de acordo com a licença geral emitida na quinta-feira [22]".

Ele incentivou as empresas de tecnologia que têm dúvidas sobre o uso de quaisquer recursos para promover a Internet no Irã a entrar em contato com o Departamento do Tesouro.
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Na última sexta-feira (23), Elon Musk, da Starlink, disse que ativaria o seu serviço de Internet via satélite "para apoiar o livre fluxo de informações".
No entanto, a tecnologia exige que os terminais físicos sejam colocados no Irã, uma ação que o governo iraniano provavelmente não permitirá.
O governo de Joe Biden, também em resposta aos protestos, sancionou a chamada "polícia da moralidade" do Irã na semana passada, que tinha Mahsa Amini sob custódia após uma detenção por usar hijab "indevidamente".
As autoridades iranianas afirmam que Amini morreu de ataque cardíaco enquanto estava sob custódia, falecendo em um hospital onde foi levada para tratamento.
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