Panorama internacional

UE pode eliminar direito de veto em questões relacionadas com a Rússia, diz fonte

A União Europeia ampliará as listas sancionatórias com mais funcionários russos no âmbito do oitavo pacote de sanções e pode eliminar o direito de veto em questões relacionadas com a Rússia, em meio à decisão do presidente russo Vladimir Putin de iniciar uma mobilização parcial no país, disse à Sputnik uma fonte na UE.
Sputnik

"A UE, sem dúvida, vai acelerar a elaboração do oitavo pacote de sanções […] Algumas pessoas novas serão incluídas na lista. Além disso, é muito provável que os ministros europeus discutam [...] nas próximas semanas a possibilidade de eliminar o direito de veto dos países-membros na tomada de decisões sobre pacotes sancionatórios contra a Rússia", salientou a fonte.

O novo pacote de restrições vai incorporar uma série de medidas ligadas à introdução de um teto de preços do petróleo russo. Contudo, certos países, incluindo a Hungria, temem que Moscou possa reduzir, em resposta, o fornecimento do combustível.
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"Nesta fase, a Comissão está elaborando o formato para execução destas decisões, a fim de maximizar a sua eficácia. Como resultado, começam as discussões sobre uma unanimidade relativa e possíveis restrições do direito de veto. […] Embora a Comissão esteja discutindo estes elementos, devido aos acontecimentos mais recentes não se exclui o endurecimento da pressão sancionatória", acrescentou a fonte.

Conforme a fonte, a Comissão Europeia planeja apresentar o novo pacote de sanções já no fim da semana que vem, provavelmente em 28 de setembro.
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Em 2 de setembro, os ministros das Finanças do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido) reiteraram a intenção de introduzir restrições de preços do petróleo russo no âmbito da ampliação do regime sancionatório. Planeja-se que o limite de preços seja introduzido em 5 de dezembro para o petróleo e em 5 de fevereiro de 2023 para os produtos refinados. Moscou, por sua vez, avisou que os países que recorrerem a tal medida ficarão completamente sem os produtos petrolíferos russos.
O presidente russo Vladimir Putin fez um discurso sobre a situação em Donbass e o curso da operação militar especial. O líder russo afirmou que o país apoiará as decisões dos referendos nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, bem como nas regiões de Zaporozhie e Kherson. Putin anunciou uma mobilização parcial na Rússia, chamando-a de "decisão que corresponde plenamente às ameaças atuais".
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