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Londres pode concordar com União Europeia nos termos do Protocolo da Irlanda do Norte

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, e seu colega irlandês, Micheal Martin, acreditam que a União Europeia (UE) e o Reino Unido podem chegar a um acordo sobre o Protocolo da Irlanda do Norte alcançado como parte do acordo do Brexit nas fronteiras alfandegárias, informou a emissora irlandesa RTE neste domingo (18).
Sputnik
De acordo com a mídia, Truss e Martin se encontraram em Downing Street neste domingo. Os líderes teriam discutido a "profundidade e amplitude" das relações entre o Reino Unido e a Irlanda e a necessidade de unidade na resolução de questões importantes.
Tanto Truss quanto Martin concordaram que a UE e o Reino Unido têm a oportunidade de chegar a um resultado negociado das questões relacionadas ao Protocolo da Irlanda do Norte, informa a RTE.
A visita do primeiro-ministro irlandês não foi declarada uma reunião bilateral oficial e não se seguiu nenhum comunicado de imprensa.
O Reino Unido e a UE concluíram a transição do Brexit em janeiro de 2021, quando entrou em vigor um acordo de comércio e cooperação entre as partes. Sob os termos do acordo, o Reino Unido deixou o mercado único e a união aduaneira da UE. A Irlanda do Norte também deixou a UE como parte do Reino Unido, mas permaneceu no mercado único europeu e nas uniões aduaneiras.
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De acordo com o Protocolo da Irlanda do Norte, todos os bens e produtos de origem animal provenientes do restante dos territórios britânicos devem ser verificados na chegada à Irlanda do Norte para garantir sua compatibilidade com os regulamentos sanitários da UE.
Em junho, o governo do Reino Unido apresentou um projeto de lei revisando unilateralmente as disposições do Protocolo da Irlanda do Norte, argumentando que o acordo não está funcionando, pois causa atrasos e interrupções na movimentação de mercadorias entre o Reino Unido e a Irlanda do Norte. Este movimento provocou a ira da UE e estimulou Bruxelas a tomar medidas legais contra Londres.
O projeto de lei estipula o estabelecimento de um "canal verde" para mercadorias transportadas do Reino Unido para a Irlanda do Norte, bem como a mudança nas regras tributárias, retirando do Tribunal Europeu seu papel de árbitro único nas disputas.
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