Panorama internacional

Especialista se diz preocupado com militarização do Ártico enquanto países nórdicos se juntam à OTAN

A militarização da região do Ártico está se tornando uma questão importante atualmente, junto com a possibilidade da Suécia e da Finlândia aderirem à OTAN e a aliança assumir uma posição mais hostil contra a Rússia, disse Glenn Diesen, professor da Universidade do Sudeste da Noruega, à Sputnik na quarta-feira (7).
Sputnik

"Durante a Guerra Fria, a Escandinávia era uma área de paz, mas isso porque a Suécia e a Finlândia permaneciam fora da OTAN e também, como mencionei antes, por a Noruega ser mais como uma versão ligeira da OTAN, porque não hospedávamos tropas estrangeiras em nosso território, não tínhamos muita atividade militar no Norte que ameaçasse a Frota do Norte da Rússia ou provocasse a Rússia ao longo de nossas fronteiras. Mas agora vemos tudo isso sendo revertido", disse Diesen à margem do sétimo Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok nesta semana.

Ele observou que a Finlândia costumava ser a maior história de sucesso no que se refere à neutralidade, mas agora está a caminho de se tornar a maior linha de frente entre a OTAN e a Rússia.
Ao mesmo tempo, a Noruega está começando a sediar bases militares dos EUA. "Então, isso não parece bom. Obviamente, a Rússia também tem construido muito mais bases militares, mas a OTAN [está] tomando cada vez mais uma posição de confronto", acrescentou o especialista.
Comentar