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Alemães protestam contra o governo por preços de energia: 'Estão fora de controle'

Milhares de pessoas foram às ruas nesta segunda-feira (5), em Leipzig, na Alemanha, para protestar contra a política de preços do governo no setor energético.
Sputnik
O protesto foi convocado às 19h da noite no horário local (14h em Brasília), em uma das praças centrais da cidade.
Segundo o jornal alemão Sachsische Zeitung, o protesto, convocado pelo partido de esquerda Die Linke ("A Esquerda", em alemão), contou com até 4 mil pessoas. A polícia de Leipzig não divulgou os números de manifestantes.

"Os preços da energia e a inflação estão fora de controle. O custo do aquecimento triplicou e, em vez de limitar os preços do gás, o governo federal está aumentando os preços por lei", diz a nota do partido.

As políticas do governo, encabeçadas pelo chanceler Olaf Scholz, o ministro da Economia, Robert Habeck, e o ministro das Finanças, Christian Lindner , "colocam em risco a vida de milhões de pessoas", segundo os membros do partido.
Começam os protestos contra a política de preços de eletricidade e energia em Leipzig. De acordo com a mídia alemã, milhares de pessoas estão participando da manifestação.
Segundo o Die Linke, a principal demanda dos manifestantes é que a energia e os alimentos se tornem acessíveis a todos.
Paralelamente ao protesto da esquerda, ocorrem ainda outras manifestações na cidade, de grupos de extrema-direita. Eles também protestam contra as políticas do governo.
As insatisfações contra a situação econômica vem crescendo em países europeus desde que o Ocidente intensificou a aplicação de sanções contra a Rússia, devido à operação militar especial russa na Ucrânia. As restrições afetam a importação de combustíveis russos, como o gás e o petróleo, fundamentais para sustentar a energia de países europeus.
As medidas provocaram a disparada nos preços dos alimentos e dos combustíveis e, por consequência, da inflação.
O Kremlin classifica as sanções como uma "guerra econômica sem precedentes" e tomou medidas em resposta, proibindo que investidores estrangeiros retirem dinheiro do sistema financeiro russo e obrigando compradores europeus de gás a pagar em rublos.
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