Eleições 2022

EUA devem parar parceria com Brasil se resultado das eleições não for respeitado, diz Bernie Sanders

Parlamentar norte-americano diz que fala da importância do Brasil para o cenário democrático uma vez que o país é "a quarta maior democracia do mundo", portanto, Washington devem cortar relações se eleições forem ilegais.
Sputnik
Com as eleições brasileiras se aproximando, políticos e figuras de destaque da arena política internacional estão se posicionando sobre o pleito no país, principalmente pelos intensos questionamentos por parte do Executivo sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Na visão do senador norte-americano Bernie Sanders, os EUA devem suspender parcerias e não fornecer qualquer ajuda financeira ou militar ao Brasil caso haja uma ruptura democrática após a eleição de outubro.

"O povo do Brasil é que vai ter que decidir quem será o próximo presidente. É decisão do povo brasileiro, não dos EUA nem de mais ninguém, mas se o resultado se desdobrar em algo ilegal, se houver um golpe militar que coloque no lugar um governo ilegal, os EUA têm que deixar isso muito claro: o Brasil não terá apoio, financeiro ou de qualquer outro modo", disse o político à Folha de São Paulo.

De acordo com a mídia, Sanders, de 80 anos, passou a dedicar mais atenção ao pleito brasileiro depois de receber, em julho, uma comitiva de entidades da sociedade civil brasileira, liderada pelo grupo Washington Brazil Office, que viajou à capital para alertar líderes americanos sobre manifestações do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O seanador tem como objetivo colocar na pauta do Senado uma resolução em defesa da democracia brasileira assim que o Congresso voltar do recesso de verão, no começo de setembro.
"O Brasil é a quarta maior democracia do mundo e o maior país da América Latina, é essencial que a democracia continue a existir."
Muitos apontam que Bolsonaro está seguindo o mesmo percurso que o ex-presidente, Donald Trump, nas eleições de 2020. Trump é acusado de ajudar na radicalização de parte de seus apoiadores e incitar a invasão do Capitólio ocorrida em 6 de janeiro de 2021.
Segundo Bernie, para evitar que o Brasil siga o mesmo caminho, "é importante que os líderes políticos, de todos os lados, deixem claro que não vão tolerar violência".
Em mais de uma ocasião antes da campanha atual, Sanders criticou Bolsonaro e elogiou o ex-presidente Lula (PT), entretanto, nas declarações quis se blindar e disse que o importante é a defesa da democracia.
"Eu não quero me envolver. [...] O que estou fazendo não é contra ou a favor de Lula, contra ou a favor de Bolsonaro. Só quero garantir que os EUA jamais apoiem um governo ilegal", complementou.
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