Panorama internacional

Em plena crise de energia, Noruega se recusa a cortar preço do gás pela Europa

Oslo não vai forçar suas empresas a vender energia sob contratos de preço fixo, diz o Ministério do Petróleo.
Sputnik
A Noruega não vai exigir que as empresas de energia ofereçam contratos de gás a preço fixo de longo prazo como forma de aliviar os custos crescentes para os clientes europeus, informou a Reuters, citando o ministro do Petróleo do país, Terje Aasland.
Segundo a agência, ele teria rejeitado a ideia, expressa por um membro do parlamento, de que a Noruega deveria considerar uma demonstração de solidariedade com a Europa instruindo as empresas a oferecer entregas de gás a preço fixo abaixo dos preços atuais de mercado. O ministro argumentou que os fornecedores já eram livres para firmar contratos de longo prazo se os termos comerciais fossem acordados com os clientes.
"Não planejo uma política em que as empresas petrolíferas na plataforma continental norueguesa sejam instruídas a celebrar contratos de preço fixo para entregas de gás", escreveu Aasland em uma carta ao parlamento na quinta-feira (25). Ele indicou que a Noruega deveria se concentrar em fornecer o máximo de gás possível para atender à crescente demanda e permanecer um fornecedor confiável.
O ministro salientou que há 20 anos a própria Bruxelas abandonou a prática de contratos de longo prazo em favor do mercado à vista, e agora o sistema norueguês "mantém a opção de as empresas celebrarem tais contratos, com base apenas em interesses econômicos".
A Noruega, que ultrapassou a Rússia como o maior fornecedor de gás da Europa após o corte de fluxos de Moscou, vai reduzir significativamente as exportações no próximo mês devido à intensa atividade de manutenção.
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