Panorama internacional

Aumento da taxa de juros é inevitável e trará 'dor e desemprego' aos EUA, diz presidente do Fed

Discurso de Jerome Powell em simpósio anual do banco nesta sexta-feira (26) reforçou projeção de recessão próxima no país.
Sputnik
O presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Jerome Powell, afirmou nesta sexta-feira (26) que a política de elevar a taxa de juros adotada pelo banco para conter a escalada da inflação nos Estados Unidos pode trazer "dor e desemprego" aos americanos.
A declaração foi dada em discurso no simpósio de Jackson Hole, realizado anualmente pelo banco. "Infelizmente esses são os custos para se reduzir a inflação. Mas o fracasso em restaurar a estabilidade dos preços significaria um sofrimento muito maior", disse Powell, segundo noticiado pela Associated Press.
A declaração do presidente do banco central reforça as projeções que apontam que os Estados Unidos estão prestes a entrar em recessão já no segundo semestre deste ano ou no primeiro semestre de 2023.
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Em julho, o Fed anunciou um aumento de 0,75% na taxa de juros, o maior em 28 anos. Com o aumento, o intervalo da taxa de juros passou de 1,5% a 1,75% para 2,25% a 2,5%. O aumento foi um esforço para conter a inflação, que atualmente gira em torno de 8,6%, o percentual mais alto já registrado nos últimos 40 anos.
A economia americana entrou em uma espiral descendente neste ano. Ainda lidando com os impactos negativos da pandemia e do aumento dos gastos públicos no período, o país entrou em uma agrura financeira após impor sanções ao gás e ao petróleo da Rússia por conta da operação militar especial desta na Ucrânia.
As sanções, também impostas pela União Europeia e países aliados, tiveram o efeito reverso de elevar os preços dos combustíveis na Europa e nos Estados Unidos, gerando um efeito cascata que levou ao aumento nos preços da energia e dos alimentos e na inflação.
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