Em um artigo publicado no The Wall Street Journal e assinado por Kay Bailey Hutchison e Jane Harman, membros do Conselho Consultivo da NASA, a agência espacial dos EUA fez um apelo às autoridades legislativas do país para que não permitam a paralisação das atividades da EEI.
"A Estação Espacial Internacional será prejudicada se a Rússia eventualmente sair, a menos que o Congresso dos EUA autorize e financie parcerias público-privadas para cobrir os deveres da Roscosmos [a agência espacial russa]", escreveram as cientistas.
A Roscosmos, inclusive, apresentou nesta terça-feira (16) o seu projeto para substituir a Estação Espacial Internacional após 2024.
"A Roscosmos está ameaçando deixar a EEI antes que a estação se aposente em 2030. Se nada for feito, isso pode incapacitar a EEI", disseram Hutchison e Harman no texto.
As conselheiras da NASA lembraram que Moscou fornece os elementos de controle de propulsão da estação espacial.
Em seguida, acrescentaram, o veículo de carga Cygnus, da empresa Northrop Grumman, pode fornecer um foguete em vez da cooperação com a Roscosmos, enquanto a SpaceX está avaliando se poderia usar seus módulos Dragon Cargo para fazer o mesmo.
"Ambos esses empreendimentos exigirão tempo, bem como autorizações e financiamento de Washington", disseram as consultoras da NASA.
"O Congresso não deve ser prejudicado pelo tipo de luta interna partidária que estraga tanto o nosso discurso político. A EEI é importante demais para ser perdida", escreveram.