Panorama internacional

Petro renova cúpula da segurança pública excluindo policiais e militares envolvidos com corrupção

Presidente colombiano pediu tolerância zero com casos de abuso de poder e corrupção e destacou que nova cúpula terá atuação profissional.
Sputnik
O recém-empossado presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou nesta sexta-feira (12) uma nova cúpula de militares e policiais.
Em uma medida voltada para a proteção das liberdades individuais e dos direitos humanos, ele determinou a troca de comando, substituindo todos os militares e policiais envolvidos em casos de corrupção, abuso de poder ou violação de direitos humanos.
A medida é um esforço para combater o antigo histórico de militares e policiais envolvidos em casos de abuso e corrupção. Ao apresentar os novos líderes das guarnições, acompanhado do ministro da Defesa, Iván Velásquez, Petro afirmou que a nova cúpula está a serviço da paz e dos cidadãos.
"Pedimos tolerância zero com a corrupção e respeito aos direitos humanos. Essa força de segurança pública tem que ser profissional", disse Petro, segundo noticiado. Ele acrescentou que "o conceito de sucesso [de uma força de segurança] não está no número de mortos, mas sim na redução de mortes, de massacres e no aumento substancial da liberdade e dos direitos humanos da população".
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Na última quinta-feira (11), o presidente colombiano disse que a segurança pública implica em uma visão abrangente. Ele destacou que, para combater o crime, é necessário identificar suas múltiplas causas, das quais, "muitas têm a ver com as circunstâncias sociais em que uma população se desenvolve".
Petro foi empossado no último domingo (7). Ele é o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, e tem como compromissos firmados estimular o uso de fontes limpas de energia, fortalecer a rede de apoio às mulheres e propor uma nova política de drogas, voltada mais para a prevenção do que a punição do consumo.
Ele também se comprometeu a fomentar o diálogo com vizinhos sul-americanos e reestabelecer os laços diplomáticos e militares entre Colômbia e Venezuela, rompidos em 2019, quando o então presidente colombiano Iván Duque se recusou a reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro.
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