Panorama internacional

Militar: EUA trabalham duramente na elaboração de nova estratégia de dissuasão a Rússia e China

O comandante-chefe do arsenal nuclear dos EUA afirmou que seu país está trabalhando duramente na elaboração de uma nova estratégia de dissuasão nuclear que inclui um confronto simultâneo com a Rússia e a China, informou na quinta-feira (11) o portal Defense One.
Sputnik
Durante o seu discurso no Simpósio de Defesa Espacial e de Mísseis que decorreu no Alabama, o chefe do Comando Estratégico dos EUA (STRATCOM), o almirante da Marinha Chas Richard, observou que mais americanos precisam estar trabalhando em maneiras de evitar conflitos nucleares.
De acordo com Richard, funcionários da STRATCOM têm reagido a mudanças de Moscou e Pequim neste ano.
"Temos que responder a [ameaças] tripartidárias", disse Richard em conferência. "Isso é sem precedentes na história desta nação. Nunca enfrentamos ao mesmo tempo dois adversários com capacidade nuclear, que devem ser dissuadidos de forma diferente."
O chefe do comando apontou também que o conhecimento institucional sobre a prevenção de guerra nuclear diminuiu, o que leva a necessitar de uma nova estratégia de dissuasão.
"Até mesmo o nosso conhecimento em dissuasão operacional não é aquele do final da Guerra Fria. Portanto, temos que revigorar esse esforço intelectual. E podemos começar reescrevendo a estratégia de dissuasão, vou dizer que estamos trabalhando duramente nisso na STRATCOM", disse Richard.
De acordo com a mídia, a teoria tradicional de dissuasão nuclear de "destruição mutuamente assegurada", que sustenta que qualquer uso de armas nucleares resultaria em uso retaliatório e completa aniquilação de todas as partes, também teria sido alterada pela STRATCOM. A estratégia original tem dissuadido com sucesso conflitos nucleares por quase 75 anos.
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No entanto, apesar de todas as preocupações sobre o hipotético primeiro uso de armas nucleares por Rússia ou China, são os EUA que continuam sendo o único país a realmente usá-las contra pessoas.
Aviões B-29 dos EUA lançaram bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945. A explosão atômica e seus efeitos posteriores causaram cerca de 140.000 mortes em Hiroshima e 74.000 em Nagasaki. A população civil constituiu a maior parte das vítimas das explosões atômicas.
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