Panorama internacional

Vice-chanceler da Rússia na ONU diz que Moscou e Kiev estão longe de negociações de paz

Dmitry Polyanskiy, vice-chanceler da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), declarou que há relutância por parte de Kiev em negociar um acordo de paz com Moscou.
Sputnik
Segundo o diplomata, a Ucrânia não está sinalizando sua prontidão para abordar com responsabilidade as negociações com a Rússia.
As declarações dele foram dadas ao podcast The Dive nesta sexta-feira (5).
"Quanto às negociações de paz, a Ucrânia não nos dá nenhum sinal de que tem uma posição responsável. Eles têm algumas demandas que não podem ser colocadas na mesa durante negociações sérias. Portanto, ainda estamos longe [das negociações]", afirmou.
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De acordo com Polyanskiy, a Ucrânia só faz declarações políticas e teóricas sobre uma suposta prontidão para negociar com a Rússia.

"[Eles dizem] que eles estão prontos para negociar quando a Rússia retirar suas tropas, ou seja, até mesmo de Donbass e da Crimeia, o que é ridículo em si. Portanto, ainda não temos parceiros reais [nas negociações com a Ucrânia], então a operação militar especial continua", acrescentou o vice-chanceler russo.

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Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o Ocidente não permitiria que a Ucrânia encontrasse uma saída diplomática para a situação atual.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfatizou anteriormente que Moscou não está abandonando as negociações de paz sobre a Ucrânia, mas quanto mais tarde elas começarem, mais difícil será negociar.
O porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que a demanda por iniciativas para pacificar a situação na Ucrânia no Ocidente diminuiu, mas que, mais cedo ou mais tarde, o bom-senso prevalecerá e a virada de negociações virá, antes das quais Kiev terá que entender as condições da Rússia e concordar com elas.
A Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin declarou que o objetivo da ação é "proteger as pessoas que foram submetidas ao genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, em 25 de março, as Forças Armadas concluíram as principais tarefas da primeira etapa ao reduzir significativamente o potencial de combate da Ucrânia. O principal objetivo foi libertar Donbass.
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