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Caso tesoureiro do PT: perícia diz que registros de acesso às imagens do crime foram apagados

Segundo laudo de peritos da Polícia Civil, a extinção dos registros foi feita de maneira remota, dois dias após o crime.
Sputnik
Imagens das câmeras de segurança que gravaram o local onde ocorreu o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), foram apagadas dois dias após o crime.
A informação foi dada na terça-feira (2), em um laudo assinado por peritos da Polícia Civil responsáveis pela análise dos equipamentos. Segundo o laudo, a extinção do registro foi feita de maneira remota.
"Ao analisar as configurações do equipamento identificou-se que o serviço de acesso remoto P2P estava ativado e que às 08h57min02seg do dia 11/07/2022 ocorreu um evento de 'Limpar' que apagou todos os registros de eventos do aparelho anteriores a esta data. Logo, pela análise dos logs presentes não foi possível afirmar se houve acesso às imagens na data de 09/07/2022", diz o documento.
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Apesar disso, os peritos concluem no laudo que "não foram encontrados indícios de adulteração" nas gravações.
Marcelo Arruda foi morto a tiros pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, na noite do dia 9 de julho, quando comemorava o aniversário de 50 anos, no clube Associação Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresf), em uma festa temática do PT.
Uma semana após o crime, o responsável pelas câmeras de segurança do clube, Claudinei Coco Esquarcini, foi encontrado morto. Segundo a polícia, a causa da morte foi suicídio. Esquarcini é apontado como responsável por ter repassado as imagens da festa temática a Guaranho, que é bolsonarista, ex-diretor da Aresf e conhecia Esquarcini.
O assassinato de Marcelo Arruda levantou debate sobre violência política no Brasil. Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio duplamente qualificado.
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