Panorama internacional

Programa nuclear de Israel é ameaça à segurança internacional, defende Irã

O Ministério das Relações Exteriores iraniano apontou que Israel não permite supervisão internacional de suas instalações nucleares, o que torna Tel Aviv uma ameaça à não proliferação.
Sputnik
O programa atômico de Israel é uma ameaça séria à segurança internacional, afirmou na sexta-feira (29) Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã.
"O programa militar atômico avançado do regime apartheidista israelense e a contínua objeção do regime em colocar suas instalações nucleares sob a Agência dos Acordos de Salvaguarda [da Agência Internacional de Energia Atômica] e não adesão ao Tratado de Não Proliferação são ameaças sérias à segurança internacional e ao regime de não proliferação", disse Nasser Kanaani em um comunicado publicado pela chancelaria iraniana.
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Ele acrescentou esperar que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) cumpra sua responsabilidade em conformidade com seu status.
"De acordo com o status da agência, espera-se que a promoção do uso pacífico e não desvio dos objetivos pacíficos da energia nuclear seja uma preocupação da agência e de seu diretor-geral, sem discriminação", apontou o porta-voz.
Em 2015, o Irã assinou o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês, também conhecido como acordo nuclear iraniano) com o grupo de países P5+1 (Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido, Rússia) e a União Europeia. Ele exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse drasticamente suas reservas de urânio em troca do alívio de sanções, incluindo o levantamento do embargo a armas cinco anos após a adoção do acordo.
Em 2018, os EUA abandonaram sua posição conciliatória sobre o Irã, se retiraram do JCPOA e reimpuseram sanções duras contra Teerã, levando o Irã a abandonar desde 2019 suas obrigações decorrentes do acordo.
Em abril de 2021 as partes do JCPOA, incluindo os EUA, iniciaram negociações para restabelecer o acordo nuclear trabalhando em Viena, Áustria. No entanto, Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, anunciou em março uma pausa nas negociações de Viena "devido a fatores externos".
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