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Ministério da Saúde confirma 1ª morte por varíola dos macacos no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (29) a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. Esse é o sexto óbito confirmado no mundo.
Sputnik
A primeira vítima da doença no Brasil foi um homem de Uberlândia (MG) que tinha baixa imunidade, segundo o portal G1.
O Brasil registrava até quinta-feira (28) 978 casos confirmados da doença, segundo o Ministério da Saúde.
O governo brasileiro instalou nesta sexta um Centro de Operações de Emergências (COE) para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a varíola dos macacos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde global no último sábado (23). Na quarta-feira (27), a organização alertou que já são 18 mil casos em 78 países — 70% das infecções são na Europa.
Panorama internacional
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Situação no Brasil

O Brasil espera receber 50 mil doses da vacina contra a doença a partir da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
"O esquema de imunização deve ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox [varíola dos macacos]", destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, na quinta-feira (28).
Na última terça-feira (26), a líder técnica para varíola dos macacos da OMS, Rosamund Lewis, afirmou, em coletiva de imprensa, que "a situação do Brasil é preocupante" por conta do significativo número de casos. O país é o sétimo no mundo em infecções.
O médico sanitarista Nésio Fernandes, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), acredita que o Brasil corre o risco de repetir os mesmos erros cometidos durante a pandemia de COVID-19. Em entrevista à rede BBC, ele defendeu ampliar a testagem, atualizar orientações de isolamento e intensificar a busca por vacinas.

"Na nossa avaliação, o Brasil corre o risco de repetir os erros cometidos no começo da pandemia de COVID-19. [...] Com o coronavírus, não tivemos critérios de testagem para casos suspeitos logo no início. À época, isso impediu que o país conhecesse o real tamanho do problema com o qual estávamos lidando."

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