Panorama internacional

Polônia critica política da UE sobre corte obrigatório de gás e diz que 'não cumprirá' medida

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, disse nesta quinta-feira (28) que uma possível decisão sobre uma redução compulsória do consumo de gás na União Europeia deve ser tomada por unanimidade, não por maioria qualificada.
Sputnik
Na terça-feira (26), os Estados-membros do bloco aprovaram um plano de emergência para conter a demanda, depois de fechar acordos para limitar as reduções de consumo em alguns países.
Nesse plano, os cortes podem se tornar obrigatórios em uma emergência de abastecimento, desde que a maioria dos países da UE concorde. A Hungria foi o único país que se opôs ao plano, de acordo com a Reuters.
Varsóvia havia dito que era contra cortes obrigatórios, e hoje (28) Morawiecki disse que queria ter a possibilidade de vetar tal decisão.
"Nós absolutamente somos a favor de tal votação nesta matéria – devido ao fato de que se trata de eletricidade, a matriz energética –sendo no modo da chamada unanimidade, onde a Polônia tem o direito de veto. Exigimos isso. Se a UE tentar nos coagir a votar por maioria qualificada, protestaremos fortemente", afirmou.
Ao mesmo tempo, a ministra do Clima polonesa, Anna Moskwa, disse em uma entrevista separada que o país já alcançou uma redução significativa no consumo de gás e uma discussão sobre cortes obrigatórios era "desnecessária".
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"Espero que isso nunca aconteça [...] absolutamente não apoiaremos essa redução [obrigatória] e, na pior das hipóteses, se formos derrotados, simplesmente não cumpriremos", disse Anna Moskwa à emissora pública TVP.
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