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Crise energética: cidades da Alemanha proíbem água quente em prédios públicos

A crise energética que afeta a Europa, em especial a Alemanha, em razão da redução do fornecimento de gás proveniente da Rússia e da decisão da União Europeia (UE) de reduzir o consumo fez com que cidades alemãs proibissem a água quente em edifícios públicos.
Sputnik
Cidades da Alemanha, como Hanover, na Baixa Saxônia, e Augsburgo, na Baviera, decidiram limitar o uso de água quente em edifícios públicos, vestiários, ginásios e estádios como forma de reduzir o consumo de energia.
Fontes públicas também estão sendo desligadas, e não haverá luzes noturnas em edifícios como o da prefeitura e de museus.
Além disso, o aquecimento de prédios públicos será limitado entre abril e setembro de cada ano. Aparelhos portáteis de ar-condicionado e aquecimento também estão restritos.

“A situação é imprevisível. Cada quilowatt-hora conta, e proteger a infraestrutura crítica deve ser uma prioridade", disse o prefeito Belit Onay, de Hanover, ao jornal britânico The Guardian.

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As proibições têm como objetivo atender à determinação da UE de redução do consumo de gás.
A Alemanha tem sido impactada diretamente pela redução do fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream. O acordo firmado por países da União Europeia para reduzir de 15% a 20% a demanda de gás natural inclusive ameaça derrubar a economia alemã, segundo Aleksei Grivach, subdiretor-geral do Fundo de Segurança Nacional Energética da Rússia.

Para Grivach, "é muito provável que muitos países da União Europeia entrem em recessão ao mesmo tempo que a inflação acelera. É obvio que a economia e os consumidores terão problemas se a Europa continuar brigando com o principal fornecedor de energia [a Rússia]".

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